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terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Morte...


A morte não é o fim de tudo.

Ela não é senão o fim de uma coisa
e o começo de outra.

Na morte o homem acaba,
e a alma começa.

Que digam esses que atravessam
a hora fúnebre, a última
alegria, a primeira do
luto.

Digam se não é verdade que ainda
há ali alguém, e que não
acabou tudo?

Eu sou uma alma.

Bem sinto que o que darei ao túmulo
não é o meu eu, o meu ser.

O que constitui o meu eu, irá além.

O homem é um prisioneiro.

O prisioneiro escala penosamente os muros
da sua masmorra, coloca o pé em todas
as saliências e sobe até ao
respiradouro.

Aí, olha, distingue ao longe a
campina, aspira o ar livre,
vê a luz.

Assim é o homem.

O prisioneiro não duvida que encontrará
a claridade do dia, a liberdade.

Como pode o homem duvidar se vai
encontrar a eternidade
à sua saída?

Por que não possuirá ele um corpo sutil,
etéreo, de que o nosso corpo humano
não pode ser senão um esboço
grosseiro?

A alma tem sede do absoluto e o
absoluto não é deste mundo.

É por demais pesado
para esta terra.

O mundo luminoso é
o mundo invisível.

O mundo do luminoso é
o que não vemos.

Os nossos olhos carnais
só vêem a noite.


A morte é uma mudança
de vestimenta.

A alma, que estava vestida de
sombra, vai ser vestida
de luz.

Na morte o homem fica
sendo imortal.

A vida é o poder que tem o corpo
de manter a alma sobre a terra,
pelo peso que faz nela.


A morte é uma continuação.

Para além das sombras, estendes-se
o brilho da eternidade.

As almas passam de uma esfera para outra,
tornam-se cada vez mais luz, aproximam-se
cada vez mais e mais de Deus.

O ponto de reunião
é no infinito.

Aquele que dorme e desperta,
desperta e vê que é homem.

Aquele que é vivo e morre,
desperta e vê que é
Espírito.”

Victor Hugo

10 comentários:

chica disse...

Maravilhoso poema escolhido!!! beijos,chica e lindo dia!

Mário Margaride disse...

Olá amiga Vivian, boa tarde!

Venho agradecer a tua visita ao meu cantinho que muito me lisonjeia.

Gostei deste teu espaço.

Parabéns pelo poema!

Beijinhos

Mário

Silenciosamente ouvindo... disse...

Gosto muito de Victor Hugo.
Um beijinho
Irene

mfc disse...

Naaaa... a morte é mesmo o fim!
Por isso nem nela penso!!

Hana disse...

Meu boa noite cheio de alegria, que delícia este lugar, este texto nos transporta, nos enche de energia, quanta sabedoria neste espaço, tão bom ler algo que fique tatuado na gente, no coração, levo daqui a alegria e o carinho que vc demonstra aqui, obrigada pela partilha.
Com carinho
Hana

Manuel disse...

Adorei este poema,
Magnifico e só espero que seja mesmo assim.

Palavras disse...

Oi Vivian,

que bons ventos a tragam!
É bom tê-la de volta!

Escolheste um poema lindíssimo!

Como Budista que sou, acredito em tudo que ele diz!

Beijos e uma ótima semana!

Hana disse...

Vim deixar um beijo estalado de bom, e aproveitei para ler o post da humildade...aqui tem cheiro de afeto, cheiro de sabedoria. que delícia de blog, amor meu tenho que ir beijinhosss
com carinho
Hana

sandrafofinha disse...

Nunca tinha visto as coisas dessa maneira. É sinal que somos todos diferentes e que nem todos pensamos da mesma forma. bom fim-de-semana e muitos beijinhos para ti!!

Aleatoriamente disse...

Olá Vivian que lindo texto.
Acho que so dormimos.

Beijinho